E aquele a quem foi negada a terra para manutenção da vida, jaz agora deitado sob seu sonho, conquistado finalmente para acolher sua morte. Nada mais cruel e irônico. Lutar incessante até o encontro da bala fria com seu corpo rude, para enfim descansar no seu leito almejado. Um país de infantes gananciosos, nada mais. Que aprenderam a brigar desde cedo por seus desejos egoístas, sem nem mesmo conhecer a razão que os motiva. O tempo passa, mas as histórias continuam as mesmas. Primeiro o roubo. Dos direitos, da dignidade, da condição de homem, da vida. Depois o enterro. Da palavra, da revolta, da Justiça. Só mesmo velado, para sentir as flores, o carinho das lágrimas e ter seu pedaço de chão. "... porque o Brasil é meu e dou ele a quem eu quiser."
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