Minhas patéticas considerações. Sinto o medo me atrair mais uma vez. A dúvida entre a minha capacidade e meus sonhos. Os desejos de coisas que não tenho e que não sei se me apetecerá possuir algum dia. Sabedoria, paciência, empatia. Os sentimentos que tento construir em mim se recusam a brotar. Se chegam a despontar em algum momento, aparentam tão falsos, não convencem. Sinto-me forçada a me reconstruir todos os dias. Pois o que tento ser não me aceita e o que me mostro ser de verdade me assusta. Ontem me decidi a lutar, a não permitir que nada atravessasse meu destino outra vez. Me decorei. Desenhei repetições do que irei alcançar. Hoje já me descobri amaldiçoando-me novamente, rascunhando fracassos, lamentando a não existência. Chôro, mais uma vez. Como se minhas lágrimas histéricas pudessem reconstruir meu castelo de pautas perdido. Esse constante cansaço. Esse leito de facas. Minha revolta não me aperfeiçoa. Minhas experiências não melhoram meu caráter. Sinto um ódio calado, camuflado em apatia. Meus olhos de fogo abafado. Somente fumaça passageira, imperceptível e incerta. A dúvida que penetra a minha página. Instintos secretos, selados. Idas e voltas não vingadas. As férias vazias, do mal que corrói minha inocência, sempre adiadas. Deverei interromper minha espera. A hora vaga, passeia. E minha fera já desperta o mês. Os bocejos da terra engolirão o passado, farta e fugaz. Seis meses verei. A Glória ou Fim.
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